O presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência, deputado federal Marcelo Ramos (PR-AM), participou hoje de um debate com deputados estaduais e representantes de sindicatos de trabalhadores no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas. Na ocasião, Ramos recebeu documento das centrais sindicais com reivindicações que, segundo ele, já contam com a concordância dele e do senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, por onde a proposta de reforma deve tramitar.
“Os pontos da reforma que são objeto do documento estão em perfeita consonância com o que eu o senador Omar pensamos. E se referem à não aprovação das mudanças nas aposentadorias dos trabalhadores rurais e pescadores, do BPC, que é o benefício pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, e a dos professores”, disse Marcelo Ramos.
O parlamentar classificou como “absurda” a proposta encaminhada pelo governo que aumenta a idade mínima de aposentadoria das professoras em dez anos sem qualquer regra de transição. “Como o governo não terá folga para conseguir os 308 votos para a aprovação da reforma, acredito que as regras de aposentadoria dos professores e professoras ficarão como estão”, avaliou Marcelo Ramos, lembrando que o seu partido, o PR, e o MDB já fecharam questão em retirar do texto estas mudanças.
Nesta terça-feira, as discussões na Comissão Especial da Reforma na Câmara Federal se darão no Plenário 10 do anexo II, e terão início às 14h30, sob o tema: Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da União, dos Estados e dos Municípios. Entre os convidados, estão previstos especialistas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), da Confederação Nacional de Municípios (CNM), da Sociedade Brasileira de Previdência Social (SBPS), além de Narlon Gutierre Nogueira, Secretário Adjunto de Previdência do Ministério da Economia.